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Dona Dica

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Dona Dica

Elisa Borges Campos, dona Dica, assim carinhosamente, ela era conhecida por todos.

Nasceu em 04/07/1928 na fazenda Rio das Pedras, distrito de Goianases, município de Capetinga MG, sendo filha de Alcides Borges Campos e Alice Borges Campos.

Casou-se com Osvaldo Borges Campos, ambos primos em primeiro grau, e tiveram cinco filhos. Residiram primeiramente na fazenda que era  município de Capetinga  e posteriormente vieram a morar em Capetinga até se fixarem definitivamente em Franca SP.

Dona Dica, dotada de um carisma sem igual, o semblante sempre sereno, um sorriso amigo e um coração enorme que acolhia a todos e a tudo com muito carinho. O abraço fraterno, o ombro amigo, ali estava ela, conselheira da família, terapeuta dos doentes do corpo e da alma.

Mãos que curam, passes magnéticos, palavras de consolo, uma paciência sem igual.

Durante sua vida praticou a caridade, sempre buscando colocar em prática o evangelho de Jesus. Diante das dificuldades e provações nunca a vi reclamar ou levantar a voz.

Fazia o evangelho no lar, onde cuidadosamente, preparava o ambiente, com todo o carinho, colocando sempre um vaso de flor para dar um colorido ao ambiente. Assim ela procurava reunir a família em um momento de prece e elevação espiritual. Tive a felicidade de poder participar várias vezes desse encontro com Jesus que é o evangelho no lar.

Foi mãe, avó, tia, muito querida e amada por todos.

Trabalhou como doadora de energia no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec de Franca SP por muitos anos.

Em seu domicílio, atendia a todos os familiares e amigos que necessitavam de uma luz, uma conversa amiga, um amparo. Logo ela pegava o evangelho, aplicava o passe, fluidificava a água, ouvia o desabafo, e logo a pessoa saía dali melhor, mais reconfortada. Isso ela fazia no anonimato do seu lar.

Era conhecida por todos na vizinhança, doava alimentos para todos os pedintes e era conhecida como a “Dona Dica dos Pobres.” Nunca negava nada a ninguém.

Ela sempre dizia: “um conselho eu dou para vocês, quando alguém bater em sua porta e pedir ajuda, não negue, ajude, pois, a pessoa vai sair com o coração feliz e você vai se sentir feliz também!”

Os vizinhos já sabiam e falavam: “vai ali naquela casa da esquina e pedi que aquela senhora te ajuda!”

Acolhedora como era, certa vez, chegou a abrigar em sua própria casa uma mulher grávida e com uma criança pequena que não tinham para onde ir. O bebê nasceu e ela cuidou dos três até que a moça se casou e foi seguir sua vida.

Ela sempre contava que desde a época que morava na roça as pessoas a procuravam para pedir ajuda, tanto material quanto espiritual. Dizia que quando mudasse para a cidade talvez seria diferente, que as pessoas não iriam lhe procurar, mas essa era sua missão, e na cidade não foi diferente, dona Dica foi muito procurada.

Ajudava os mais necessitados, muitas vezes a presenciei distribuindo cobertores, feiras e levando sempre uma palavra amiga.

Adorava ler as obras espíritas, os romances, inteligente e curiosa sempre fazia perguntas quando encontrava algum leitor das obras.

Quando com idade avançada, mais debilitada ela dizia: ‘Vou aproveitar para ler pois a hora que melhorar não vou ter muito tempo.”

 

E assim ela dedicou sua existência, procurando sempre fazer o melhor, até ser chamada para retornar à pátria espiritual no dia 12/12/2010 deixando assim muitas saudades.

Dona Dica deixou seu legado na sociedade, na família, seus exemplos, suas virtudes, seus ensinamentos, incentivando os estudos e acima de tudo amorosa, filantrópica e compreensiva.

Só tenho a dizer: Gratidão, gratidão, gratidão!

Que sua luz brilhe cada vez mais!

Texto por:  Tarciane Borges de Souza Pádua

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